segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Tão eu...

 
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"A verdade é que deu saudade, bateu vontade, despertaram-se as lembranças e então tive que te procurar. Não me entenda mal. Não é que tenha voltado a acreditar, nem muito menos esquecido todos os erros do passado. Você não é o homem da minha vida. Nunca foi, embora eu tenha tentado me convencer disso por muito tempo. Eu também não serei a mãe dos seus filhos e não existe a menor chance de te ligar amanhã. Simplesmente não vai acontecer. Que fique claro: é só desejo. Tudo bem se for assim? Sem mensagem no dia seguinte, sem cobrança, sem esperar nada depois. A gente se agarra como nunca e depois nos separamos como sempre. Dessa vez pulamos aquela parte chata de tentar mais uma vez, de nos machucarmos, nos decepcionarmos e tudo mais. Chega disso. Pode ser? Não precisa prometer nada. Vamos focar no que sempre foi o nosso forte e descartar a parte dramática. Alguns podem julgar como frieza, eu chamo de controle emocional. Já você pode chamar do que quiser, só não vai poder dizer que faltou transparência. Você bem sabe que aquele lance de “para vida inteira” não dá certo para nós. Não existe vilão nem mocinho. Ninguém tem o direito de sentir-se enganado quando o acordo é cumprido. Veja bem, eu te quero muito, de verdade, mas é só por essa noite. As regras estão postas, o jogo é limpo e as cartas estão na mesa. Você joga ou passa a vez?"

.... tão nós.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Ir II




Viajar, para mim, é antes de mais nada uma necessidade. É algo que me preenche genuinamente e me faz muito feliz. De verdade. 
Sair da minha zona de conforto e viver o desconhecido. Absorver cada sítio e cada cultura. Ser livre.
Quando não posso viajar, muitas vezes portanto, simulo viagens e traço planos. Elaboro roteiros, pesquiso possíveis pontos interessantes na região, modos de deslocação, hotéis/hosteis/parques de campismo/whatever, custos, um sem fim de informação. Fico feliz e entusiasmada com isso tudo, sonhar nunca fez mal a ninguém. Acho que no fundo o faço para colmatar esta falta que por vezes sinto. Faz-me bem.
Planear viagens, mesmo sem o intuito de as fazer é muito bom, mas quando o faço na realidade é uma verdadeira excitação.
Cada um é feliz como pode e à sua maneira.
A propósito, ser viajante é só o meu sonho (um dos).

domingo, 6 de setembro de 2015

O que há depois da esperança?



O que há depois da esperança de ter a vida com que sempre sonhamos? De toda uma expectativa criada ao longo dos anos? Ainda que nada disso se torne realidade, há algo que nos move e nos faz viver com a convicção de que as coisas vão dar certo. Mesmo que seja difícil, que haja só um pequena probabilidade, um resto de um raio de sol, existe algo e isso é um conforto.  A simples existência de uma mera possibilidade.
A esperança, aquela que dizem que é a última que morre. E quando morre? O que há depois da esperança? A vida jamais será igual, alias já não sei se é mesmo vida ou uma simples repetição dos dias. Já nada faz sentido.