segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Tão eu...

 
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"A verdade é que deu saudade, bateu vontade, despertaram-se as lembranças e então tive que te procurar. Não me entenda mal. Não é que tenha voltado a acreditar, nem muito menos esquecido todos os erros do passado. Você não é o homem da minha vida. Nunca foi, embora eu tenha tentado me convencer disso por muito tempo. Eu também não serei a mãe dos seus filhos e não existe a menor chance de te ligar amanhã. Simplesmente não vai acontecer. Que fique claro: é só desejo. Tudo bem se for assim? Sem mensagem no dia seguinte, sem cobrança, sem esperar nada depois. A gente se agarra como nunca e depois nos separamos como sempre. Dessa vez pulamos aquela parte chata de tentar mais uma vez, de nos machucarmos, nos decepcionarmos e tudo mais. Chega disso. Pode ser? Não precisa prometer nada. Vamos focar no que sempre foi o nosso forte e descartar a parte dramática. Alguns podem julgar como frieza, eu chamo de controle emocional. Já você pode chamar do que quiser, só não vai poder dizer que faltou transparência. Você bem sabe que aquele lance de “para vida inteira” não dá certo para nós. Não existe vilão nem mocinho. Ninguém tem o direito de sentir-se enganado quando o acordo é cumprido. Veja bem, eu te quero muito, de verdade, mas é só por essa noite. As regras estão postas, o jogo é limpo e as cartas estão na mesa. Você joga ou passa a vez?"

.... tão nós.

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