sexta-feira, 30 de outubro de 2015
terça-feira, 29 de setembro de 2015
segunda-feira, 28 de setembro de 2015
sexta-feira, 25 de setembro de 2015
Ir II
Viajar, para mim, é antes de mais nada uma necessidade. É algo que me preenche genuinamente e me faz muito feliz. De verdade.
Sair da minha zona de conforto e viver o desconhecido. Absorver cada sítio e cada cultura. Ser livre.
Quando não posso viajar, muitas vezes portanto, simulo viagens e traço planos. Elaboro roteiros, pesquiso possíveis pontos interessantes na região, modos de deslocação, hotéis/hosteis/parques de campismo/whatever, custos, um sem fim de informação. Fico feliz e entusiasmada com isso tudo, sonhar nunca fez mal a ninguém. Acho que no fundo o faço para colmatar esta falta que por vezes sinto. Faz-me bem.
Planear viagens, mesmo sem o intuito de as fazer é muito bom, mas quando o faço na realidade é uma verdadeira excitação.
Cada um é feliz como pode e à sua maneira.
A propósito, ser viajante é só o meu sonho (um dos).
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
domingo, 6 de setembro de 2015
O que há depois da esperança?
O que há depois da esperança de ter a vida com que sempre sonhamos? De toda uma expectativa criada ao longo dos anos? Ainda que nada disso se torne realidade, há algo que nos move e nos faz viver com a convicção de que as coisas vão dar certo. Mesmo que seja difícil, que haja só um pequena probabilidade, um resto de um raio de sol, existe algo e isso é um conforto. A simples existência de uma mera possibilidade.
A esperança, aquela que dizem que é a última que morre. E quando morre? O que há depois da esperança? A vida jamais será igual, alias já não sei se é mesmo vida ou uma simples repetição dos dias. Já nada faz sentido.
terça-feira, 1 de setembro de 2015
segunda-feira, 31 de agosto de 2015
Da reentrée
Durante muitos anos, em Setembro o ano lectivo iniciava, e para nós estudantes era na prática o começo de um novo ano. Quando comecei a trabalhar isso deixou de acontecer e o Setembro foi perdendo aquela importância que antes tinha. Apesar disso, eu sempre olhei para esta altura como um possível início. Quando precisamos de mudar, porque não fazê-lo numa altura em que gostamos, que nos trás energia positiva e boas memórias?
Este ano, depois de alguma introspecção, decidi que precisava de mudar um pouco (não tanto quanto gostava, mas o possível) a minha vida, tracei objectivos a curto e também a médio prazo e Setembro foi o mês escolhido. Eu funciono muito bem com objectivos. A ver se corre bem.
Que comece o "novo" ano. (Wish me luck)
quarta-feira, 26 de agosto de 2015
...
Levantei-me e deixei-me ficar sentada na cama uns segundos. Olhei em meu redor e reconheci a minha roupa espalhada pelo chão do quarto. Comecei a vestir-me, calmamente, sem pressa e sem olhar para trás.
-Fica.- disse ele
Continuei a vestir-me e não lhe respondi. Primeiro o vestido, que estava meio engelhado, mas não se notava muito. Depois as sandálias. No fim, fui ao pé do espelho com um pé metálico e comecei a ajeitar o cabelo com os dedos, simulando uma escova. Fui à minha mala e tirei o batom vermelho, o meu preferido, e retoquei os lábios. Pisquei o olho a mim mesma, não sei porquê mas gosto de o fazer no espelho, como se estivesse num flirt comigo mesma. Dei uma última vista de olhos de frente, depois de costas e estava pronta.
Olhei de soslaio para ele, ainda deitado, enquanto punha a minha mala ao ombro.
- Isto é um passatempo para ti, não é?
- Não, eu passo o tempo a ler, ouvir música, no ginásio, sei lá a fazer muitas coisas. Para mim isto é mesmo pelo prazer.
Baixou os olhos em sinal de desistência, como se qualquer argumento fosse em vão. Virei-me e saí do quarto.
Sabia que não era compreendida. Há coisas muito difíceis de explicar.
Baixou os olhos em sinal de desistência, como se qualquer argumento fosse em vão. Virei-me e saí do quarto.
Sabia que não era compreendida. Há coisas muito difíceis de explicar.
domingo, 23 de agosto de 2015
Vai ficar tudo bem
Vai ficar tudo bem. É o meu novo mantra. Estou a tentar metê-lo na cabeça e principalmente no coração. No fim fica tudo bem, não é?
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
[letter]
Bem vindo meu querido!
Antes de mais quero desejar-te que sejas bem vindo.
Antes de mais quero desejar-te que sejas bem vindo.
A primeira coisa que gostava de te dizer é que quero que sejas muito feliz, sempre. Mas, sabes, eu não consigo ser assim tão crente para achar que isso é possível. Se te dissesse que isto, tudo o que te rodeia, o mundo ou a vida, depende como lhe queiram chamar, é um mar de rosas estaria claramente a mentir. Não é. Longe disso. No entanto, neste mundo imperfeito podemos ser felizes, construir a nossa própria felicidade. Não vai ser fácil. Muitas vezes vais desanimar e perder a vontade de ser feliz, dá trabalho sabes? Mas olha o importante é ir à luta e nunca desistir apesar dos contratempos. Quando a atingires, às vezes, em pequenas coisas que sejam, vais ficar tão contente, vais saborear o doce que a vida tem para nos dar e vais ver que o caminho valeu a pena.
O melhor conselho que te posso dar é: segue o teu coração (parece clichê não é? Mas é mesmo verdade)... Ouve-o. É essencial escutar o próprio coração. Às vezes não é fácil. Custa a entender a mensagem. Mas no fim ele é quem terá todas as respostas. Algumas vezes vais ficar a pensar que ele te enganou e que não te levou no melhor caminho. Estarás a sofrer e pensarás que a escolha foi errada. O sofrimento faz parte da vida, não te assustes. Ele vai-te ensinar sempre qualquer coisa, que mais tarde trará algo útil ao teu caminho. É difícil de perceber, eu sei, principalmente quando se sofre. Um dia vais-me dar razão.
Por último só te queria dizer que não tentes entender demasiado o mundo, há coisas que não vais entender, vive-o apenas, com intensidade, não te esqueças, com intensidade. Saboreia a vida. E deixa-te levar...
terça-feira, 18 de agosto de 2015
Sem título
Perguntou-me, com as lágrimas nos olhos:
- Onde está aquela aquela miúda doce e carinhosa que eu conheci?
Eu baixei a cabeça e não consegui responder. Aquela rapariga não existia mais. Talvez uma parte dela ainda restasse num qualquer local recôndito do meu coração, mas eu jamais a mostraria. Agora sou fria, arrogante e por vezes insensível, tenho consciência disso. As cicatrizes invisíveis estão aqui bem debaixo da minha pele e ainda doem.
- Onde está? - repetiu
Fico sem ar, por não saber o que responder. Apetece-me chorar, soluçar e pedir um abraço, um consolo, mas não o faço. Respiro fundo, engulo o choro e respondo:
- Não existe mais.
domingo, 9 de agosto de 2015
Números e palavras
Eu sou dos números. Exactos. Com fórmulas e teoremas de fácil compreensão para mim. Dois mais dois são quatro, para mim e para qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo. Fácil. As palavras, por outro lado sempre me suscitaram dúvidas. A sua interpretação nem sempre é linear e isso baralha-me por vezes. As línguas e as culturas alteram as palavras e principalmente a sua interpretação. Adoro ler mas sei que nem toda a gente retira de um mesmo livro o mesmo que eu. Faz-me pensar. É isso que faz com as palavras tenham algo de mágico, que não se explica muito bem. É, de certa forma, algo que ultrapassa a minha capacidade de compreensão. Os números são objectivos, já as palavras são subjectivas e parecendo que não isso faz toda a diferença. Mas eu, eu sou dos números, sempre fui.
sábado, 8 de agosto de 2015
Jogar
quinta-feira, 6 de agosto de 2015
quarta-feira, 5 de agosto de 2015
Viver devagar
Para mim só faz sentido fazer pequenas pausas na vida se for para viver devagar. Saborear o momento sem ter a mínima preocupação sobre as pequenas coisas do dia a dia... Os horários, as responsabilidades, os contactos sociais, as refeições, o outfit e eu sei lá mais o quê deixam de me passar pela cabeça. Deixar-me absorver completamente durante uma leitura, mergulhar calmamente, relaxar ao som de uma música enquanto me delicio com uma bela refeição, que é feita apenas quando se tem fome, apreciar a maravilha que é o pôr-do-sol, passear enquanto a brisa me refresca a cara. É como se o relógio (esse grande ditador) parasse e eu vivesse durante aqueles dia ao ritmo da vida, da minha, sem regras impostas. Viver cada momento sem precisar pensar no próximo ou no amanhã e permitir a mim mesma desfrutar no seu todo do prazer que ele me dá é essencial. Preciso destas pausas para parar, respirar profundamente e recarregar energias. Às vezes preciso de viver devagar.
sexta-feira, 31 de julho de 2015
Voar
Sempre quis andar de balão. No entanto, aquela subida pode parecer realmente assustadora, não porque estamos numa cestinha suspensa por um balão de ar quente, não, mas porque pode mostrar o mundo de uma outra perspectiva, de um novo ângulo que não estamos à espera. O que sempre foi recto pode parecer agora arredondado e o recto até então pode mostrar-se curvilíneo. As nossas certezas ficam abaladas porque até este momento nunca tivemos a capacidade de ver, olhar ou mesmo reparar no mundo de uma outra forma, lá de cima de um balão, por exemplo. É tão importante termos a capacidade de sair um pouco de dentro de nós e do nosso egocentrismo e vermos um outro mundo lá fora; e uma viagem de balão, bem, uma viagem de balão pode apenas ajudar.
terça-feira, 28 de julho de 2015
segunda-feira, 27 de julho de 2015
Mundo
Cada milímetro deste planisfério representa um lugar, um espaço, uma infinidade de coisas representadas por um ínfimo ponto. Podem ser culturas aparentemente estranhas, grandiosos monumentos, animais exóticos, natureza selvagem, cidades gigantescas ou pequenos vilarejos pitorescos, temperaturas amenas ou extremas, um sem número de opções. Tudo naquele pequeno ponto, um só ponto.
O mundo está diante dos meus olhos, todo à minha frente de uma só vez. Um ponto, outro ponto e mais outro e eu sem saber escolher. Sem querer escolher. Quero conhecer e absorver cada lugar deste mundo. Quero ir. Num impulso fecho os olhos e vou.
domingo, 26 de julho de 2015
Acordar
Acordar. Respirar fundo. Espreguiçar lentamente, sem pressas. Recordar o sonho bom dessa noite. Sorrir. De repente perceber que ele já não foi o teu primeiro pensamento. Que não te lembras da última vez que pensaste nele. Tentas fazer um esforço e nada. Começas a perceber que afinal é possível. Que adormeceste e acordaste sem pensar nele. As pessoas tinham razão. Tudo tem um tempo. E tu nunca acreditaste nelas. Sentes-te vitoriosa. Genuinamente feliz. O dia chegou. O tal dia chegou. O teu dia chegou.
sábado, 25 de julho de 2015
If not now, when?
Porque há dias em que te apetece escrever, sem motivo aparente, só porque sim.
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